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JACIMAR BERTI BOTI
( Brasil – Espírito Santo )

 

Jacimar é natural de Colatina – ES.
Biólogo, Mestre e Dr. em Biologia. Doctor Honoris Causa em Comendador – Comanda Castro Alves de Literatura 2021.
Ex-professor de Biologia da UFES – Santa Teresa – ES. 
Participante em várias antologias poéticas e com 6 livros publicados de poesias, contos e crônicas.
Acadêmico da Academia Colatinense de Letras e Artes (ALARC).

 

ANTOLOGIA DE ACLAPPTCTC Neotrovismo 44 anosClério José Borges, Org. Rio de Janeiro: Taba Cultural, 2024.  226 p.  ISBN 978-65-01-00460-0  No. 10 363
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda


              O HOMEM PINTANDO O MUNDO
DE OUTRA COR

A terra treme, os rios estão poluídos
O amora que era já não é mais
O ar que respiramos está impuro
Esse é o drama do rei dos animais

Florestas caindo, animais morrendo
Ruido nos ares, poluição nos mares
Correrias, desespero, fomes e guerras
Homens perdidos e venenos nos olhares

Chuva ácida, efeito estufa, calor infernal
Fome e assassinatos por todo canto
Poucos sabe, muito, outros não sabem nada
Já não querem as bênçãos do espírito santo

O rei do animais está sendo consumido
Pintando esse paraíso de outra cor
Não se tem mais carinho pela natureza
Deixando de lado esse grande amor

Enganação, incertezas se tanta destruição
A família não é mais célula da sociedade
Líderes arrogantes perdidos na multidão
Triste será o destino dessa humanidade

 

POETAS E ESCRITORES BRASILEIROS. Antologia. Clério José Borges (Org.)   Vitória, Espírito Santo.  Editora Canela Verde, ACLAPTCTC, 2020.  290 p. ilus.
ISBN 978-65-991059-9-0-6     No. 10 898
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda

 

             ASSASSINARAM NOSSO RIO DOCE

Aqui passava um rio exuberante, majestoso...
Nas manhãs serenas, muitos pássaros a cantar
Pescadores felizes remando em suas canoas
Um rio extenso com vasta vegetação ciliar

Muitas espécies de plantas e animais
Intensa alegria dos moradores ribeirinhos
Assim era nosso manancial amigo rio doce
Alegravam-se com o canto dos passarinhos

Desde a sua nascente em Minas Gerais
Vem passando por várias cidades
Fornecendo água para população
Mesmo sofrendo com tantas agressividades

Descendo com remanso lento em reboliços suaves
Vem desenhando um lindo perfil nesse ecossistema
Uma tragédia provocada pela ganância do homem
Produzindo riquezas que é a chave do problema

Nossos peixes sufocados morreram na lama
A vegetação outrora verde, agora lamacenta
Os olhos do poeta estão ardendo de vermelhos
Com essa água repleta de produtos químicos e nojenta

Essa ação de homens gananciosos na contra mão
Sangrando o coração do campo e da cidade
Por um falso progresso, depredando o meio ambiente
Destruíram espécies que eram elos da sustentabilidade

Contaminaram o nosso manancial verde e amarelo
Agora com um leito turvo, lamacento e envenenado
Com dejetos químicos dessa mineração gananciosa
Meu Deus! Salve esse nosso amigo todo danificado.


                DESABAFO DE UM POETA DA RUA

  Certo dia, sentado no banco da avenida
Observando a água e o sopro do vento,
Um senhor de barba branca, meio sem jeito
Começou a detalhar seu sofrido lamento

Seu moço, escuta-me, por favor...
Venho de longe e não sei para onde vou
Meu mundo sempre foi um barco de papel
Fui abandonado por quem tanto me amou

Vejo no olhar dessas crianças que passam
Um paraíso encantado de sonhos dourados
Assim também eu imaginava no passado
Grandes pilotos, arquitetos, juízes ou advogados

Fui letrado por uma grande universidade
Tornei-me escravo do vício dormindo na rua
Hoje, navego no tempo sem ter para onde ir
Durmo nos cantos, com o brilho do sol e da lua

Fui casado seu moço, tive filhos lindos...
Uma mulher que dizia tanto me amar...
Queria terminar nossos dias juntos
Mas deixou-me na rua, na esquina do penar  


COMO OS LÍRIOS DO CAMPO

Um dia eu pensei...
Que seu amor fosse lindo e perfumado
Como os lírios do campo
Suave como deitar no peito do seu amado

Pensei que fosse verdadeiro e puro
Como a água cristalina da serra
Como o olhar brilhante da criança
Como a lua que dorme no colo da terra

  Pensei que seu olhar encantador
Fosse a coisa mais linda do universo
Que as suas palavras bonitas...
Entoavam uma canção em forma de versos

Que todo aquele teatro ilusionista
Estava na plateia do meu coração
Encenando uma linda peça
Que enchia o espectador de emoção

Quando acordei daquele espetáculo
Percebi que não havia mais emoção
Olhei os lírios do campo florindo...
Percebi que era inverno em seu coração

*
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https://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/espirito_santo/espirto_santo_index.html
Página publicada em outubro de 2025.


 

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Página publicada em abril de 2025.


 

 

 
 
 
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